Pão francês e carne têm perspectiva de alta durante pandemia
Apesar da redução de 6% no preço da cesta básica, em Aracaju, no mês de junho, alguns produtos ostentam valorização e estão pesando no bolso do consumidor. Desde o mês de maio o feijão, produto indispensável na mesa dos brasileiros, tem sofrido com uma alta dos preços. O kg do feijão-carioca, por exemplo, é encontrado nos supermercados a um custo de R$ 9 a 10.
Segundo o economista do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas de Sergipe (Dieese), Luis Moura, produtos como feijão e arroz são de safra e podem ser impactados desde a produção até a distribuição dos produtos. No entendimento do economista, o preço do feijão deve se estabilizar de agora em diante, mas ele adianta que há uma perspectiva de alta para outros dois produtos.
“Estamos vendo uma possibilidade de aumento do preço da carne, porque os bezerros para engorda estão sendo vendidos por valor mais alto e em algum momento isso vai chegar no boi para o abate. Além da carne, estamos percebendo aumento do preço do pão francês, por causa da variação do câmbio. Como se trata de uma commoditie (trigo), ele segue essa variação cambial”, detalha o economista.
Assim como o pão francês, o óleo de soja também já experimenta um leve aumento em seu valor – que pode ser acentuado nas próximas semanas. De acordo com o economista, o produto segue a mesma lógica do pão, com influência direta da taxa cambial. Os produtos têm registrado um aumento acima da inflação apurada pelo IBGE no período, de 2%.
Com o momento de pandemia e muitas famílias impactadas financeiramente, a recomendação é a redução na compra de alguns produtos com maior alta e, quando possível, a substituição por outros produtos. No caso da carne vermelha, por exemplo, a carne branca pode ser uma alternativa em momentos de alta do preço.
Aumento da gasolina
Saindo da seara de alimentos, o economista do Dieese alertou para a retomada do preço da gasolina. Ele explica que um grande impacto que os sergipanos terão, de agora em diante, é no preço do combustível, que já experimenta um aumento de 60%, após correções sucessivas do seu valor. O produto estava em baixa desde o início da pandemia, mas volta aos patamares observados no início do ano.
Fonte: Ícaro Novaes/Infonet