MC Maylon e Anderson, do Molejo, ficarão frente a frente em delegacia
O delegado Rodrigo de Barros Piedras Lopes, titular da 33ª DP (Realengo), vai marcar uma acareação entre o cantor e dançarino Maycon Douglas Porto do Nascimento Adão, o MC Maylon, e o pagodeiro Anderson Leonardo, vocalista do grupo Molejo. O policial quer colocá-los frente a frente na próxima semana para esclarecer se a relação sexual que tiveram em um motel de Sulacap, na Zona Oeste do Rio, ocorreu de maneira consensual ou forçada.
Maylon já prestou dois depoimentos na delegacia de Realengo, onde, em fevereiro, registrou queixa contra Anderson. Ele contou que era empresariado pelo pagodeiro e que, na noite de 11 de dezembro do ano passado, saiu de casa para encontrá-lo. Disse que haviam combinado uma conversa sobre sua carreira, em um clube na Taquara. Mas o MC afirmou que, para sua surpresa, o vocalista do Molejo acabou levando-o de carro para o motel, na Estrada do Catonho.
O MC ainda garantiu a investigadores que foi empurrado para uma cama pelo pagodeiro, que, em seguida, teria lhe dado tapas no rosto, forçando uma relação sexual. Maylon, que se dizia virgem até então, alegou que foi agredido e xingado e que, ao acordar, acabou sendo abandonado por Anderson numa rua próxima ao estabelecimento.
Foi cilada, diz vocalista
Chamado a também prestar depoimento na 33ª DP, o vocalista do Molejo afirmou que tudo não passou de uma cilada. Ele disse que a ida ao motel foi combinada um dia antes com Maylon e negou ter agredido o MC. “A relação aconteceu de maneira consensual”, frisou na delegacia. Além disso, destacou que, depois daquela noite, o cantor e dançarino continuou frequentando seus shows normalmente.
Anderson relatou também que, nos primeiros dias de janeiro, foi procurado pela dona de casa Jupira Pinto, mãe de Maylon. Ela o teria chantageado, afirmando que, caso o pagodeiro não arcasse com tratamentos médicos do filho, “o caso iria parar na imprensa” e sua carreira seria prejudicada. Em entrevista ao EXTRA, Jupira negou a acusação, e afirmou que o filho demorou a registrar queixa porque não queria se expor.
— Só pedi para que ele (Anderson) visse um médico para Maylon depois da coisa horrorosa que fez, sem camisinha. Precisava levar meu filho a exames — alegou Jupira ao EXTRA.
O inquérito que apura o caso foi instaurado no dia 3 de fevereiro. Desde então, sete testemunhas foram ouvidas sobre o caso — uma cantora, a mãe de Maylon, a irmã de Anderson e quatro funcionários do motel, que disseram não se lembrar de nenhuma anormalidade na noite de 11 de dezembro, apesar de o MC ter contado a policiais que gritou por socorro ao ser agredido.
Anderson informou que vai processar Maylon — ele alega que perdeu trabalhos devido à repercussão do caso. Em uma live, o pagodeiro disse que se encantou pelo MC depois de ver seu rosto tatuado no braço do cantor e dançarino.
Fonte: Extra/Globo.com