Justiça da Paraíba decreta prisão de delegado e policiais sergipanos

Justiça da Paraíba decreta prisão de delegado e policiais sergipanos
Defesa dos policiais e do delegado vai recorrer da decisão (Foto: SSP/SE)

Os desembargadores do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ/PB) acataram nesta terça-feira, 24, o pedido de prisão preventiva do delegado e dos policiais sergipanos indiciados pela morte do empresário paraibano Gefferson de Moura Gomes, de 32 anos, no município de Santa Luzia, no sertão do estado.

O empresário foi morto no dia 16 de março, durante uma operação realizada por policiais civis do estado de Sergipe. A Justiça acatou o pedido de prisão do Ministério Público da Paraíba. Ainda em março, o delegado Osvaldo Neto, o policial civil José Alonso e o policial militar Gilvan Morais ficaram presos temporariamente em Sergipe, mas em abril foram soltos e passaram a responder ao processo em liberdade.

Os policiais e o delegado podem ser presos a qualquer momento, a partir da expedição dos mandados de prisão. O Portal Infonet entrou em contato com a defesa dos policiais e do delegado. Os advogados informaram que vão aguardar a publicação da decisão de hoje dos desembargadores do TJ da Paraíba e, a partir de então, entrar com recurso para recorrer da decisão.

Entenda

Gefferson de Moura Gomes foi morto no dia 16 de março, durante uma operação do Denarc/SE que tentava prender um grupo envolvido com tráfico interestadual de droga na cidade de Santa Luzia, na Paraíba. De acordo com a Polícia Civil de Sergipe, foi montado um bloqueio policial, e Gefferson estava armado, esboçou uma reação e foi atingido.

A família do empresário discorda da versão e afirma que Gefferson estava indo para a cidade de Cajazeiras, na Paraíba, para cuidar do pai que estava com Covid-19.

Para a polícia civil da Paraíba, as informações apresentadas pelos policiais sergipanos não foram confirmadas com as investigações. O delegado Sylvio Rabelo, responsável pelas investigações, entendeu que houve fraude processual e execução da vítima e, por isso, pediu a prisão temporária dos envolvidos até que a investigação seja concluída.

Fonte: Karla Pinheiro/Infonet