Greve dos caminhoneiros: Governo espera baixa adesão

Greve dos caminhoneiros: Governo espera baixa adesão
Caminhoneiro preso | foto do leitor

A expectativa do governo é que a greve dos caminhoneiros marcada para hoje tenha um baixo grau de adesão, semelhante ao ocorrido na paralisação de 1° de fevereiro deste ano.

Ou seja, uma greve que pode fechar algumas rodovias mas não terá força para durar e nem atrapalhar o funcionamento da economia — a de fevereiro durou apenas três dias.

As lideranças que convocaram a greve são as mesmas da paralisação anterior. Os sindicatos dos transportadores de combustíveis estão fora do movimento e o governo conseguiu na Jutiça 28 decisões contra bloqueios de rodovias estratégicas em 19 estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Paraná, Pará, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Maranhão, Tocantins, Goiás, Amazonas e Piauí.

Apesar dessa expectativa e das decisões judiciais, o governo sabe que todo cuidado é pouco. Em fevereiro, a greve não deslanchou. Mas nove meses depois as condições objetivas dos caminhoneiros pioraram e o preço do óleo diesel não parou de subir desde então.

Os caminhoneiros pedem a mudança da política de preços da Petrobras; o piso mínimo do frete; o retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição; e, claro, a redução do preço do diesel.

(Atualização, às 6h09. Até este momento, nenhuma rodovia federal foi bloqueada parcial ou totalmente. Há, entretanto, três pontos de concentração de caminhoneuiros: às margens da Via Dutra, perto de Barra Mansa (RJ), às margens da BR-101, na região de Rio Bonito (RJ); e às margens da BR-116, na altura de Itaitinga (CE).)

Fonte: Lauro Jardim/ O Globo