Covid-19: imunização só ocorre após tomar as duas doses recomendadas
Atualmente, a Prefeitura de Aracaju conta com duas vacinas contra covid-19: a CoronaVac e a AstraZeneca/Oxford. De acordo com os fabricantes, ambas necessitam da aplicação de duas doses.
Por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o Município tem avançado, diariamente, na campanha de vacinação iniciada em janeiro, mas é preciso reforçar a importância dessa segunda aplicação e chamar a atenção dos já vacinados para que retornem para receber a segunda dose do imunizante.
No momento, pelo tempo de intervalo de cada fabricante, entre a primeira e a segunda dose, a Prefeitura já iniciou a segunda aplicação da CoronaVac, e cerca de 66,27% das doses desse imunizante referentes à segunda dose foram utilizadas, até o momento.
A secretária municipal da Saúde, Waneska Barboza, reforça que as pessoas precisam ficar atentas e não negligenciar a segunda dosagem. O ciclo de vacinação da CoronaVac é entre 21 e 28 dias da primeira dose. Já a da AstraZeneca é de três meses.
“Quanto mais pessoas vacinadas por completo, ou seja, com as duas doses tendo sido tomadas, a gente vai começar a perceber uma redução no adoecimento dessas pessoas e no agravamento da doença. Temos tido um bom percentual de pessoas para tomar a segunda dose, no caso, aquelas que já podem receber, conforme o tempo de intervala entre uma dose e outra. É preciso que os que já tomaram a primeira dose, seja de CoronaVac ou AstraZeneca, se atentem para a data de retorno e compareçam aos pontos de vacinação que a Prefeitura tem disponibilizado com toda a estrutura necessária”, alerta Waneska.
A infectologista da SMS, Fabrízia Tavares, reforça que, como ambas as vacinas necessitam de duas doses, o corpo, portanto, só produzirá a quantidade de anticorpos suficiente para garantir a imunidade com o ciclo completo das duas doses.
“Em média, o tempo mínimo para que o sistema imune possa dar respostas mais concretas contra a presença de qualquer patógeno é de 14 dias após receber a primeira dose da vacina. No entanto, cada imunizante tem seu próprio tempo médio para ativar o sistema imunológico. Independente disto é justamente a segunda dose que aumenta a imunidade. A primeira dose dá certa proteção ao corpo, mas só com a segunda é que a eficácia da vacina acontece. Portanto, as pessoas têm que ficar atentas para a data da segunda dose. Se passar, no máximo, dois, três dias do período de intervalo, tudo bem, porém, mais do que isto, pode, sim, afetar a imunização”, pondera Fabrízia.
Outro ponto destacado por ela é que a pandemia só começará, de fato, a ser controlada, quando a maior parte da população geral estiver vacinada. “Portanto, as medidas preventivas precisam ser mantidas até que, pelo menos, 70% da população geral seja vacinada. Temos visto, com o início da campanha de vacinação, uma percepção de que já finalizamos o período de pandemia ou que não precisamos mais tomar as medidas de precaução, mas é uma falsa sensação de segurança. Para que a vacina seja realmente eficaz, ela precisa que grande parte da população esteja vacinada”, enfatiza a especialista.
Eficácia dos imunizantes
A AstraZeneca é capaz de atingir uma eficácia geral de proteção da ordem de 76% 22 dias após a aplicação da primeira dose. O percentual pode superar os 82% após a pessoa receber a segunda dose, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por produzir a vacina, no Brasil, em parceria com a farmacêutica e a Universidade de Oxford.
Já a CoronaVac necessita, em geral, de duas semanas após a segunda dose para que a pessoa esteja protegida, já que esse é o tempo que o sistema leva para criar anticorpos neutralizantes que barram a entrada do vírus nas células, conforme esclarece o Instituto Butantan, parceiro do laboratório chinês Sinovac no desenvolvimento da vacina.
Ainda segundo o Instituto, uma quantidade maior de anticorpos pode ser registrada até um mês após o fim da vacinação, também variando de indivíduo para indivíduo.
Fonte: Com informações da PMA