Covid-19: ato com ‘banho de sangue’ na PMA pede lockdown na capital

Covid-19: ato com ‘banho de sangue’ na PMA pede lockdown na capital
A manifestação também criticou o fim do isolamento social e pediu a implementação do ‘lockdown (Foto: CUT/SE)

A frente da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) foi palco de mais um protesto na manhã desta terça-feira, 30. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais entidades sindicais realizaram um ato de protesto intitulado ‘banho de sangue’, em alusão às mortes decorrentes do novo coronavírus (Covid-19). A manifestação também criticou o fim do isolamento social e pediu a implementação do ‘lockdown’.

Segundo Cláudia Oliveira, secretária da Mulher Trabalhadora da CUT/SE, o crescimento da contaminação pela Covid-19 é a motivação para sair de casa e lutar pelo lockdown em Sergipe. “A gente já vê pessoas da nossa família contaminadas pela Covid-19 implorando que a gente não saia, mas a gente precisa sim sair e alertar ao prefeito de Aracaju para que tenha mais cuidado e faça o lockdown. É importante que tudo feche e as ruas sejam trancadas. Todo esforço vale à pena para reduzir a contaminação e o número de mortes”, alertou.

O presidente da CUT, Roberto Silva, disse que o ato ocorreu em meio a entrega de novos ônibus para circularam na capital. O que para ele é algo inconcessível neste momento. ‘E de que adianta fazer inauguração, se vários transportes estão sendo retirados de circulação e a população em plena pandemia tem que seguir espremida dentro dos carros para trabalhar?”, indaga o sindicalista.

Em Sergipe, este é o terceiro ato que simboliza o ‘banho de sangue’ e que tem o objetivo de alertar o prefeito de Aracaju e o governador de Sergipe para a necessidade do lockdown e de proteger a população contra a Covid-19. No dia 22 de junho, o ‘banho de sangue’ aconteceu na porta do Palácio do Governo e nesta última segunda-feira, 29, teve ‘banho de sangue’ no Centro de Aracaju.

“Vamos continuar denunciando a ganância do lucro acima da vida. Belivaldo e Edivaldo serão responsabilizados sim, porque abrir e flexibilizar o comércio como eles estão fazendo é algo que coloca em risco a vida de todos nós”, criticou Roberto Silva, presidente da CUT/SE.

PMA

A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) informou que o ato acabou causando um incidente com supervisora da Guarda Municipal, que escorregou no material jogando no chão, caiu e fraturou o pé. “A situação causou um dano sério, que a levará a ficar afastada do trabalho, tendo custos, e poderia, inclusive, ter resultado em um quadro ainda mais grave de saúde”, lamentou o Fernando Mendonça, subinspetor da Guarda Municipal de Aracaju.

Ainda segundo ele, os manifestantes foram embora no mesmo instante em que ela se machucou. “Ela tem o direito de ter o dano reparado, já que a situação foi causada de forma proposital, numa rampa para deficientes, onde qualquer outra pessoa poderia ter se machucado”, destacou Mendonça.

De acordo com a PMA, o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Aracaju (Sigma), Éder Santos Rodrigues, afirma que foi comunicado do incidente e que está apurando para poder tomar as providências cabíveis. “Uma colega nossa ficou lesionada durante esse ato e está hospitalizada. A primeira providência que tomaremos é a de entrar em contato com ela e com os guardas que estavam de serviço para saber o que de fato aconteceu”, diz Éder.

Fonte: Infonet/com informações da CUT e da PMA