Após morte de empresário, centro de paraquedismo continuará funcionando, diz prefeito de Boituva

Após morte de empresário, centro de paraquedismo continuará funcionando, diz prefeito de Boituva
Humberto Nogueira morreu após salto em Boituva (SP) — Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito de Boituva, Edson Marcusso (PSD), afirmou que não ver motivos para uma nova interdição do Centro Nacional de Paraquedismo (CNP) após a morte do empresário de Goiás Humberto Siqueira Nogueira, de 49 anos. O acidente ocorreu na última quarta-feira (11), quando o experiente paraquedista colidiu contra o solo durante o pouso. A Polícia Civil investiga o que causou a morte.

Em entrevista ao jornal "Estado de S. Paulo", Marcusso disse que o caso de Nogueira é diferente do acidente que levou à morte de Andrius Jamaico Pantaleão, de 38 anos, em julho do ano passado. Na ocasião, o aluno de paraquedismo caiu no telhado de uma casa, e a Justiça acolheu representação da Polícia Civil e do Ministério Público para que as atividades do CNP fossem suspensas.

— Me parece que esse caso não foi falha de equipamento nem de atendimento depois do acidente porque foi um choque muito violento — afirmou Edson Marcusso ao jornal, sobre a morte de Nogueira. — Na minha avaliação, (suspender as atividades do CNP) seria o mesmo que fechar uma estrada depois de um acidente com uma vítima fatal.

Nas redes sociais, Nogueira compartilhava imagens e detalhes de experiências radicais pelo país e pelo mundo. Além do paraquedismo, o empresário praticava alpinismo, snowboard e kitesurfe.

Um amigo de Nogueira contou ao "Estadão" que Nogueira fazia o terceiro salto do dia quando o acidente ocorreu. Já o presidente da Confederação Brasileira de Paraquedismo (CBPq), Uellinton Mendes de Jesus, disse ao jornal que a queda não foi provocada por problemas nos equipamentos da vítima, com base em análise dos peritos da entidade. Segundo ele, o paraquedas do empresário "estava inflado e navegando para pouso".

Fonte: O GLOBO