Suspeito de ataque a tiros no metrô de NY ficará preso e sem direito a fiança

Suspeito de ataque a tiros no metrô de NY ficará preso e sem direito a fiança
Prisão de Frank James, suspeito do ataque ao metrô de Nova York, nesta quarta-feira (13). — Foto: REUTERS/Andrew Kelly

A justiça americana ordenou nesta quinta-feira (14) que o homem suspeito do ataque dentro de uma estação de metrô no Brooklyn, em Nova York, fique em prisão preventiva sem a possibilidade de fiança. Os procuradores defenderam a manutenção da prisão ao dizerem que Frank James, de 62 anos, aterrorizou toda a cidade.

O americano foi ouvido brevemente no processo em um tribunal federal no Brooklyn. Ele respondeu a perguntas protocolares sobre se ele entendia as acusações e a audiência. Mais tarde, seus advogados pediram ao público que não o julgasse antecipadamente.

James foi preso ontem (13), um dia após o ataque, depois de ligar para uma linha de denúncia da polícia para dizer onde estava. Autoridades o acusam de ter detonado bombas de fumaça e atirado contra passageiros na estação de metrô. Ao todo, 10 pessoas foram baleadas no episódio.

O americano foi acusado de crime federal de terrorismo que se aplica a ataques a sistemas de transporte coletivo. Apesar disso, as autoridades dizem que atualmente não há evidências que o liguem a organizações terroristas.

“O réu abriu fogo assustadoramente contra passageiros em um trem do metrô lotado, interrompendo seu trajeto matinal de uma maneira que a cidade não via há mais de 20 anos”, disse a procuradora assistente dos EUA Sara K. Winik. “O ataque do réu foi premeditado, cuidadosamente planejado e causou terror entre as vítimas e toda a nossa cidade.”

Do lado de fora do tribunal, a advogada de defesa Mia Eisner-Grynberg alertou contra “uma corrida para o julgamento”.

"Os relatórios iniciais em um caso como este são muitas vezes imprecisos", disse ela. Ela ressaltou que James alertou a polícia sobre seu paradeiro, 30 horas depois de uma caçada que incluiu alertas de celular para a população.

Mia concordou em mantê-lo preso sem fiança, pelo menos por enquanto. Os advogados de James, no entanto, podem entrar com pedidos no futuro para tentar reverter a situação.

A pedido dos advogados de James, a magistrada Roanne Mann, que julga o caso, disse que pediria ao escritório federal de prisões para fornecer “atenção psiquiátrica” a James, bem como comprimidos de magnésio para cãibras nas pernas, na carceragem federal no Brooklyn, onde ele está detido.

James não respondeu às perguntas gritadas dos repórteres na quarta-feira, quando foi levado de uma delegacia de polícia para um carro que se dirigia a um centro de detenção federal.

As autoridades dizem que uma série de evidências liga James ao ataque. Seu cartão de banco, seu celular e uma chave de uma van que ele havia alugado foram encontrados no local do tiroteio. Os policiais também encontraram a arma que eles disseram ter sido usada no tiroteio; registros de rastreamento mostram que James comprou a arma de um revendedor de armas licenciado em Ohio em 2011.

Nos documentos do tribunal, os promotores chamaram o tiroteio de calculado, dizendo que James usava um capacete e uma jaqueta estilo trabalhador da construção como disfarce e os descartou após o tiroteio para evitar o reconhecimento. Os promotores sugeriram que James tinha os meios para realizar mais ataques, observando que ele tinha munição e outros itens relacionados a armas em uma unidade de armazenamento da Filadélfia.

James, nascido e criado na cidade de Nova York, morou recentemente em Milwaukee e depois na Filadélfia.

Fonte: Associated Press