Sergipe tem a 2ª maior taxa de mortalidade por Covid-19 do Nordeste

Sergipe tem a 2ª maior taxa de mortalidade por Covid-19 do Nordeste

Sergipe ocupa atualmente o segundo lugar no ranking dos estados nordestinos com as maiores taxas de mortalidade pela Covid-19. Atualizados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (15), os dados indicam que o estado tem 67 óbitos por 100 mil habitantes, atrás apenas do Ceará, onde o indicador está em 73/100 mil. 

No que diz respeito à letalidade, porém, Sergipe está no 8º lugar do Nordeste, com uma taxa de 2,1%, acima apenas do estado da Bahia, cuja taxa é de 2%. Para especialistas, este índice é mais preciso para traduzir o quadro epidemiológico da crise sanitária.

Desde o começo da pandemia, 187.656 mil sergipanos já testaram positivo para covid-19 e 3.876 deles não resistiram às complicações decorrentes da infecção, vindo à óbito, conforme o boletim mais recente da Secretaria da Saúde. 

Enquanto a mortalidade é a quantidade de óbitos registrados dividida pela quantidade de pessoas residentes em determinado local, letalidade diz respeito à proporção de pessoas que morreram dentro do total de pessoas infectadas. Por isso, a letalidade é um dos indicadores mais adequados para analisar a gravidade da pandemia.

A baixa adesão às medidas de segurança e às restrições para distanciamento social, estabelecidas desde o começo de março pelo governo do Estado, além da saturação da rede de assistência à saúde, podem explicar esse indicador elevado. 

Atualmente, 48 pacientes estão nas filas de espera por vagas em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Todos os hospitais, tanto da rede pública quanto da privada, operam com ocupação acima de 90%.

“Infelizmente, tem pessoas chegando muito tardiamente aos serviços [de saúde]. Pessoas que estavam acreditando que, tomando medicamento por conta própria, iriam resolver o problema. Os [médicos] intensivistas estão pedindo para que as pessoas parem de se automedicar. Isso está se mostrando um fator muito importante na letalidade”, afirma a epidemiologista Caroline Gurgel, professora da Universidade Federal do Ceará (UFC), ao analisar a situação da região. 

Fonte: Com informações do Diário do Nordeste