Mastercard e Visa enviam ao BC proposta para retorno do WhatsApp Pay

Mastercard e Visa enviam ao BC proposta para retorno do WhatsApp Pay

Na terça-feira (7), como medida para tentar fazer com que o WhatsApp Pay volte a operar no Brasil, a Mastercard e a Visa protocolaram uma proposta de retorno junto ao Banco Central (BC). No entanto, ainda não há um prazo específico para que o documento seja aprovado e o sistema liberado para funcionar.

O registro atende a um pedido direto do banco brasileiro que suspendeu o funcionamento da plataforma para evitar que apresente "risco ao normal funcionamento das transações" financeiras. Por conta disso, o serviço deveria passar por uma "regulação prévia".

Proibição no Brasil

Em 15 de junho, o WhatsApp Pay, sistema de pagamentos lançado pelo Facebook, foi anunciado no Brasil. O país seria o primeiro a receber a funcionalidade oficialmente – embora estivesse em testes na Índia.

No entanto, no dia 23 do mesmo mês, o Banco Central, juntamente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), impediram o funcionamento do recurso, pois entenderam que o sistema poderia representar riscos ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). Por conta disso, deveria passar por uma análise antes de ser liberado.

Algum tempo depois, após o Cade analisar as informações prestadas pelo Facebook e Cielo – que trabalham juntas na implementação do projeto, assim como Mastercard, Visa, Nubank, Banco do Brasil e Sicredi -, o órgão decidiu revogar a decisão de proibição.

Porém, como era de se esperar, o sistema ainda deve receber autorização do Banco Central para reiniciar as operações por aqui. E é justamente isso que a Mastercard e a Visa buscam.

Como funciona o sistema?

Basicamente, o WhatsApp Pay permite enviar e receber dinheiro de pessoas por meio do mensageiro.

Para garantir a segurança das transações e evitar fraudes, antes de cada transferência será necessário informar um código PIN de seis dígitos previamente cadastrado ou a biometria do celular – funciona como outras transações financeiras feitas pelo celular.

No caso de transferência entre pessoas físicas, não haverá o pagamento de qualquer taxa pela transação - no entanto, só será possível utilizar cartões de débito. Além disso, usuários possuem um limite de envio de R$ 1 mil por transação e recebimento de até 20 pagamentos por dia no limite de R$ 5 mil por mês.

No caso de empresas, é possível utilizar cartões de crédito e débito. Porém, o estabelecimento deverá pagar uma taxa por cada uma das transações. Todos os pagamentos serão processados pela Cielo.

Por conta dos parceiros iniciais, os usuários poderão utilizar apenas cartões de crédito e débito emitidos pelo Banco do Brasil, Nubank e Sicredi. No entanto, a empresa informa que vai facilitar a entrada de novos parceiros no futuro.

De acordo com o mensageiro, o objetivo é o de simplificar o ato de comprar. Ao oferecer a opção de pagar diretamente pelo aplicativo, o usuário pode, ao mesmo tempo em que olha o catálogo de um estabelecimento, finalizar o pagamento e combinar os detalhes da entrega sem precisar sair do aplicativo

PIX

A suspensão surge em um momento em que o Brasil está prestes a receber um novo sistema de pagamentos, criado pelo Banco Central, batizado de PIX, que promete transações instantâneas. O novo serviço está previsto para ser lançado em novembro deste ano.

O WhatsApp informou que tem planos para integrar o serviço ao seu sistema de pagamentos assim que ele for disponibilizado.

Fonte: Olhar Digital