Johnny Depp é autorizado a acessar celular de Amber Heard em processo de difamação

Johnny Depp é autorizado a acessar celular de Amber Heard em processo de difamação
Johnny Depp e Amber Heard chegam para mais um dia de julgamento (Foto: Getty Images)

A Justiça dos Estados Unidos autorizou Johnny Depp a ter acesso ao celular da ex-mulher Amber Heard no processo de difamação contra a atriz. Ele pede uma indenização de 50 milhões de dólares, cerca de 280 milhões de reais na cotação atual.

De acordo com as informações do Page Six, divulgadas nesta quinta-feira (4), com o acesso ao celular, Johnny poderá provar ou não se as fotos em que Amber aparece com hematonas foram manipuladas ou não.

As acusações de Amber aconteceram após o término do casamento dos dois, em 2017. Depp sempre negou todas as alegações da atriz.

ENTENDA O CASO

Johnny Depp e Amber Heard foram casados por 15 meses, e se separaram alegando "diferenças irreconciliáveis". Menos de uma semana depois, Amber pediu uma ordem de restrição contra o ex-marido por violência doméstica, e foi atendida pela Justiça.

"Durante o relacionamento inteiro, Johnny foi verbalmente e fisicamente abusivo comigo. Eu aturei excessos de abuso emocional, verbal e físico de Johnny, o que incluiu raiva hostil, humilhação e agressões ameaçadoras comigo toda vez que questionava sua autoridade ou discordava dele", escreveu a atriz em documentos do processo obtidos pelo portal E! News.

Ela ainda anexou fotos de lesões no rosto, que se espalharam pela internet. Advogados de Depp alegaram na época que "Amber estaria tentando garantir uma resolução financeira prematura alegando abuso".

Em agosto daquele ano, o portal TMZ divulgou também um vídeo em que supostamente Depp estaria jogando garrafas e copos de vidro com Amber no cômodo. A atriz negou ter vazado as filmagens. Pouco depois, eles chegaram a um acordo em que Depp deveria pagar US$ 7 milhões para a ex-mulher, quantia que Heard doou para hospitais e causas que defendiam o fim da violência doméstica.

Em janeiro de 2020, a defesa de Depp alegou ao portal E! News ter reunido uma lista de evidências que seriam usadas para "refutar as alegações fradulentas" contra o ator. Nos arquivos, constavam referências a vídeos de câmeras de segurança, depoimentos de testemunhas e mensagens trocadas entre o The Sun e a fonte do portal no movimento #MeToo, que denuncia casos de abuso e assédio sexual em Hollywood.

A atriz pediu que o processo fosse indeferido e detalhou os abusos sofridos no casamento. Ela alega ter sido agredida, sufocada e empurrada, além de dizer que Depp "se tornava uma pessoa totalmente diferente" em alguns momentos, referindo-se a ele como "Johnny, o Monstro".

A atriz pediu que o processo de difamação aberto por Depp contra ela fosse indeferido, mas teve o pedido negado. As audiências estavam marcadas para março, mas foram adiadas para 7 de julho por conta da pandemia do novo coronavírus. Já o caso contra o The Sun está sendo julgado no tribunal no momento e conta com depoimentos de ambas as partes.

Fonte: Quem News/Globo.com