Fraudes bancárias geram prejuízo de quase R$ 5 milhões no Nordeste

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), prendeu cinco pessoas suspeitas de envolvimento em uma associação criminosa em três estados do Nordeste brasileiro: Sergipe, Bahia e Pernambuco. Segundo informações apresentadas durante coletiva de imprensa, na manhã desta terça-feira (20), os criminosos teriam gerado um prejuízo de aproximadamente R$ 5 milhões para cerca de dez vítimas já identificadas.
As investigações policiais acontecem desde janeiro, sobre integrantes de um grupo criminoso que estaria praticando uma série de fraudes bancárias. Segundo a delegada Suirá Paim, foi constatado que mediante a falsificação da declaração de imposto de renda, as vítimas eram ludibriadas a abrir contas bancárias em determinados bancos, nas capitais Aracaju, Salvador e Recife.
A partir dessa falsificação, o acusado como chefe da quadrilha, identificado como Alfredo Rios de Oliveira, passava a gerenciar as contas e a comprar alguns produtos; em seguida, conseguiam adquirir cartões de crédito e financiamentos. Segundo a delegada Suirá, os criminosos processavam os bancos contra as fraudes praticadas por eles próprios.
“Já constatamos que, em nome de uma das vítimas, existe uma dívida de cerca de R$ 2,5 milhões. Muitas famílias foram lesadas. Na residência do chefe dessa operação, em Aracaju, foram encontrados centenas de cartões de crédito, assim como talões de cheques, dezenas de maquinetas de cartões de crédito, computadores que ficavam ligados 24h no sistema bancário, dezenas de pastas organizadas com documentos de algumas vítimas, e foram apreendidos três veículos, sendo dois de luxo, além de telefones celulares, todos ligados aos sistemas bancários”, afirmou a delegada Suirá, do DDCP.
A operação foi deflagrada simultaneamente nos três estados, pois havia integrantes em Sergipe, em Pernambuco e na Bahia. Nela foram presas três pessoas no estado sergipano e duas em Salvador. Eles foram identificados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) como André Ivo Silva Oliveira Segundo, Janaina da Silva Gois, Ivane da Silva Gois, Alfredo Rios de Oliveira e Marilene Félix Gois
A Polícia não acredita que a associação possua mais integrantes, entretanto, as investigações continuam porque há desconfiança policial sobre o tamanho da fraude fiscal.
Participaram da operação o Dipol, a Polícia Civil da Bahia, o Pore, a DRFVV, o Denarc e a Coordenadoria de Aracaju.
Como algumas empresas de fachada foram abertas, além de responder por associação criminosa, estelionato e falsificação de documentos, os cinco presos também serão acusados de lavagem de dinheiro.
Fonte: F5News