DORES: Denilson “Que Loucura” nega ter matado esposa e fala em troca de favores

DORES:  Denilson “Que Loucura” nega ter matado esposa e fala em troca de favores

Nesta quinta-feira, 10, Denilson Dias dos Santos, conhecido como “Que Loucura”, que é procurado pela polícia sergipana pelo assassinato da companheira, Ladyslaine Viana, de 32 anos, enviou um áudio para o Jornal da Fan 2ª Edição explicando os motivos em ainda não ter se apresentado à autoridade policial. A vítima foi encontrada morta no dia 26 de outubro no município de Nossa Senhora das Dores.

“Estou sendo acusado de uma coisa que não fiz. Só sei que fui casado há 17 anos e nunca fiz nada e nem tinha coragem de fazer por causa do meu filho. Jamais teria coragem de matar ela. Estou escondido agora é com medo e para preservar a minha vida. Naquele dia, quando cheguei lá, ela estava pendurada numa corda, eu feito besta cortei a corda porque mandaram cortar. Fiquei aguardando a polícia chegar. Quando chegou, a família começou a me acusar e a delegada mandou eu ir para a rua de trás e lá os policiais me prenderam. Me judiaram, me bateram e queriam que eu falasse uma coisa que não fiz. Está havendo muita troca de favores e eu não tenho nada a ver com isso. Estão me acusando de muita coisa”, disse Denilson no áudio encaminhado à Fan FM.

Na ocasião, o advogado Aloísio Vasconcelos, responsável pela defesa de Denilson, afirmou que o seu cliente não tem participação na morte de Ladyslaine Viana. Ele disse também que Denilson irá se apresentar, em breve, à Polícia Civil em Aracaju.

“Todas as informações são preliminares. Não existe nenhuma prova concreta que coloque Denison como mandante, partícipe ou como autor. Meu cliente nunca esteve foragido, porque ele nunca foi preso. Ele está sendo procurado. A defesa fará a apresentação dele no momento certo, quando tiver acesso aos laudos. Além de manter contato direto com o meu cliente, ele também mantém contato com os familiares. Ele está aqui e quer provar que está sendo uma vítima de uma farsa que está sendo montada contra ele. Se quisesse fugir ele teria fugido. Não existe um vestígio, uma evidência ou uma prova que tenha matado a sua companheira. Antes de mais nada, eu confio nas palavras do meu cliente, por ser um relacionamento conflituoso, não no sentido de violência, mas de traições”, pontuou o advogado.

E continuou: “Do primeiro dia até hoje, ele não mudou uma linha do seu depoimento. Denilson irá se apresentar sim à Polícia Civil na capital sergipana. Estamos aguardando a emissão dos laudos para poder fazer isso. Meu cliente não quis em momento nenhum se evadir, ele teme pela vida dele. O filho deles está ao lado do pai e acredita na inocência”, acrescentou Aloísio.

O advogado questionou a existência de um áudio da mãe da vítima deixando claro que apagou mensagens do celular da filha ainda na Delegacia em Dores. “Se meu cliente diz que houve troca de favores, ele tem algum fundamento para falar isso. Se meu cliente diz que foi torturado, ele tem algum fundamento para falar isso. Tomei conhecimento desse áudio por familiares de Denilson e ela diz claramente que apagou as mensagens. Gostaria de saber o motivo”, questiona o criminalista.

Neste momento, a delegada responsável pela investigação, Maria Zulnária, entrou em contato com a produção do programa para rebater o que foi dito pelo advogado.

“O celular foi periciado sim e após isso a mãe me procurou pedindo o celular da filha, dizendo que precisava ter acesso para pagar boletos. Eu jamais deixaria isso acontecer. Tenho 17 anos de polícia, todos os meus passos são de acordo com o Código de Processo Penal, jamais macularia a minha honra. Tenho respeito pela família, pela minha profissão. Sou delegada de polícia por vocação. Quero seu cliente aqui porque tenho outras provas e quero questioná-lo. Outro detalhe, eu jamais disse para ele sair da cidade. Eu queria e precisava dele aqui para responder aos questionamentos. Existem muitas provas, é um conjunto de provas, não é apenas um laudo. Falar em troca de favores, auto lá, eu tenho um nome a zelar. Em Sergipe, tudo se conhece”, disse a delegada.

A irmã da vítima, Francyelle Santos, também pediu para participar do programa e fez questionamentos sobre a forma de agir de Denilson.

“No dia do acontecido, ela ligou para mim de chamada de vídeo e disse que ia pegar uma roupa em casa. Fiquei sabendo através do whatsApp que ela tinha se enforcado. Como é que uma pessoa feliz ia se matar? Ele deveria ter ficado do nosso lado, ter ajudado a minha mãe, ter ido ao enterro. Quinze dias antes ela enviou uma foto dizendo que tinha duas cordas penduradas e a gente disse a ela que saísse de casa. Ele agora vem falar em traições? Quando foi que minha irmã traiu ele? Toda a sociedade está revoltada porque sabe que ela era uma pessoa de bem com a vida, jamais iria tirar a vida dela. A gente não quer ele morto, jamais. Ele tem que ficar preso”, finalizou a irmã da vítima.

Fonte: FANF1