Dono paga por resgate de caminhonete furtada mas não reencontra veículo: 'acreditei neles'

Dono paga por resgate de caminhonete furtada mas não reencontra veículo: 'acreditei neles'
Caminhonete furtada seria usada para transportar móveis de marcenaria de Praia Grande, SP — Foto: Arquivo pessoal

Um marceneiro de 44 anos teve sua caminhonete de trabalho furtada na frente de casa em Guarujá, no litoral de São Paulo e, desde então, está tentando reaver o veículo. O homem chegou a pagar R$ 2 mil pelo 'resgate' da caminhonete, mas ainda não recebeu informações de onde o veículo possa estar.

Ao G1, o proprietário do veículo, que prefere não se identificar, contou que comprou a caminhonete para trabalho em um leilão em janeiro deste ano mas, devido à pandemia, só conseguiu pegar o veículo há dois meses. "Como ficou muito tempo parado, estou arrumando aos poucos. Quando deixei certinho para fazer a vistoria, levaram embora", lamenta.

O crime aconteceu na avenida onde o marceneiro mora, na madrugada de quarta-feira (28). A caminhonete estava estacionada na Avenida Ademar de Barros, no bairro Solemar, e foi levada sem que as câmeras de monitoramento da região registrassem o crime.

Pedido de resgate

Por volta das 14h de quarta, supostos ladrões ligaram para a vítima pedindo resgate pela caminhonete. Eles deram instruções detalhadas de como o marceneiro deveria agir para conseguir reaver seu veículo. Todas as ligações foram feitas a partir de um número privado.

Caso aceitasse o acordo, ele deveria desligar o celular e só ligá-lo às 17h, para evitar contato com outras pessoas. Como a vítima aceitou, neste horário, os supostos ladrões retornaram a ligação e passaram instruções específicas do local onde ele deveria depositar o dinheiro, além do número da conta.

Após o depósito, de R$ 2 mil, o marceneiro foi obrigado a enviar uma foto do comprovante via aplicativo de mensagens. Os criminosos retornaram a ligação novamente, dizendo que iriam 'largar' o veículo e enviar um ponto de referência para que a vítima pudesse concluir o resgate.

No entanto, após o último contato, o marceneiro não recebeu mais instruções de como prosseguir ou onde encontrar o veículo, que acredita ter sido abandonado em algum lugar da cidade. "É o meu pão de cada dia. Eu acreditei que fossem eles mesmo e fiz o depósito porque não posso ficar sem a caminhonete", desabafa.

Ele registrou um boletim de ocorrência relatando o furto da caminhonete no 3º DP de Praia Grande, responsável pela área dos fatos. Informações sobre o paradeiro da caminhonete podem ser fornecidas anonimamente à Polícia Militar através do Disque Denúncia 181.

Fonte:  Juliana Steil, G1 Santos