Aumenta pressão sobre Luxemburgo no Palmeiras; clube não pensa em mudança

Aumenta pressão sobre Luxemburgo no Palmeiras; clube não pensa em mudança
Luxemburgo vê pressão aumentar no Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli

Dos primeiros jogos do Campeonato Brasileiro para o empate por 1 a 1 com o Internacional, na última quarta-feira, aumentou muito a pressão sobre Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras. A diretoria tem sido cobrada interna e publicamente, mas não pensa em mudança no momento.

Desde o apito final da partida em casa, em que a equipe evitou a derrota aos 48 minutos do segundo tempo, o presidente do clube, Maurício Galiotte, tem recebido mensagens de diversos grupos de conselheiros. Além disso, a sede social do clube amanheceu pichada.

O que os dirigentes não negam é que o Palmeiras não apresentou grande evolução desde o título paulista – quando abdicou de um futebol mais ofensivo para ser campeão sobre o Corinthians – e que o treinador (também) tem responsabilidade por isso.

Ainda há defeitos da saída de bola à transição ofensiva e à marcação no campo de ataque, pontos que Luxemburgo disse em entrevista, depois da vitória sobre o Santos, que seriam trabalhados.

Por outro lado, ele também é elogiado e visto como uma figura necessária neste momento de reconstrução. Pela primeira vez na década, o Palmeiras virou um ano sem reforços. Em vez de gastar, o clube vendeu jogadores e promoveu nomes das divisões de base.

O treinador tem escalado garotos entre os titulares, como os volantes Patrick de Paula e Gabriel Menino, que já despertam interesse do exterior, e perdeu a maior referência do elenco nos últimos cinco anos, o atacante Dudu, negociado com o Al Duheil, do Catar.

Reformular o elenco

Demiti-lo, no entendimento do departamento de futebol palmeirense, seria repetir o ciclo de temporadas anteriores, quando se culpou exclusivamente o treinador por insucessos dentro de campo.

De 2017 para cá, na gestão do presidente Maurício Galiotte, foram demitidos Eduardo Baptista, Cuca, Roger Machado, Luiz Felipe Scolari e Mano Menezes.

Agora, forçado a adotar uma política de contenção de gastos, o Palmeiras tem tentado aos poucos reformular o elenco, repleto de jogadores com contratos longos e considerados caros, e que não vem rendendo como se esperava ou como já renderam anteriormente.

Porém, para poder contratar – como foi cobrado na pichação da sede social do clube –, é preciso antes fazer negócios com esses nomes, segundo a diretoria. Objetivo que é considerado um desafio em meio a um contexto financeiro agravado pela pandemia da Covid-19.

Fonte: André Hernan, Felipe Zito e Tossiro Neto/Globoesporte.com