Aulas da rede estadual são retomadas, mas nova paralisação será realizada
Em Sergipe, as aulas da rede estadual de ensino devem ocorrer dentro da normalidade nesta quinta (4) e sexta-feira (5). Isso porque, após Assembleia Geral Extraordinária Urgente realizada na tarde dessa quarta-feira (3), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica de Sergipe (Sintese) decidiu suspender a paralisação.
O movimento foi iniciado na quarta passada (26), junto à Greve Nacional pela Educação, e retomado na terça (2), após desacordos com o Governo do estado em relação ao reajuste do piso salarial.
Entretanto, o Sintese informou que uma nova paralisação deve ocorrer nos dias 9 e 10 de maio. O grupo tenta dialogar com a Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para que os deputados não aprovem a proposta do Governo de reajustar o salário em 2,5%, valor considerado uma "esmola" pelo Sindicato. O objetivo é tentar nova negociação com a gestão estadual.
“As professoras e professores da rede estadual da ativa (efetivos e contratados) e aposentados esperam que o governador do Estado tenha a sensibilidade e efetivamente discuta com o Sintese, um processo de retomada da carreira que se inicie este ano nos patamares aprovados nas assembleias da categoria”, afirmou em nota o presidente do Sintese, o professor Roberto Silva dos Santos.
Entenda
Na quarta-feira passada (26), as aulas da rede pública de ensino em Sergipe foram paralisadas. Isso porque os professores do estado aderiram à Grave Nacional da Educação, que ocorreu em todo o país em defesa da Lei do Piso e pela revogação do Novo Ensino Médio. A greve foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e integrou a 24ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.
Nessa terça (2), o Sintese retomou a paralisação após o grupo rejeitar a proposta do Governo estadual de reajustar o salário em 2,5% e incorporar R$ 100 ao valor.
No mesmo dia, a Desembargadora Elvira Maria de Almeida Silva, do TJSE, considerou a greve uma reação desproporcional, "pelo fato de que efetivamente negociações e tratativas de mesma similaridade demandam tempo para abrir caminho para a discussão das propostas salariais", e determinou a ilegalidade do movimento. Em caso de descumprimento, a medida previa a pena de multa diária ao Sindicato, cujo valor pode variar de R$ 3 mil a R$ 30 mil.
Mesmo com a decisão, o Sintese continuou com a paralisação, voltando atrás após realização de Assembleia na tarde dessa quarta (3).
Fonte: Ana Luísa Andrade / F5 News