Ana Maria Braga diz que quebrou braço ao fugir de assédio sexual de diretor de TV

Ana Maria Braga diz que quebrou braço ao fugir de assédio sexual de diretor de TV
Ana Maria Braga durante participação no Roda Viva (Foto: Reprodução)

Ana Maria Braga contou, durante participação no programa Roda Viva, exibido na noite de segunda-feira (21), que sofreu uma tentativa de assédio sexual de um diretor de televisão na época em que trabalhou no grupo Diários Associados, onde ficou entre os fim da década de 1970 e início dos anos 80. Sem citar nomes ou especificar datas, a apresentadora afirmou que caiu de uma escada e quebrou um braço.

"O assédio não foi feito fisicamente porque eu estava na sala de um diretor. Ele tinha pedido um projeto para mim, que ia ser muito bom para a televisão brasileira. Fiz um projeto lindo. Fiquei 15 dias trabalhando no projeto. Acreditando que eu pudesse sair do programa da tarde e ter um programa a noite na televisão", disse.

A apresentadora afirmou ainda que deciciu denunciar o diretor. "Eram os Diários Associados na época. Eu fui e marquei uma reunião lá na rua Sete de Abril para falar daquele indivíduo para o chefe geral da nação que eu trabalhava." Na sequência, a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, questionou se ela gostaria de dar nome do profissional e do veículo em que trabalhava na época. "Não há necessidade. Todo mundo já percorreu seu caminho. Um, pelo menos, já morreu. O outro eu não sei. Ficou como estava. Ele continuou sendo o que era lá."

De acordo com Ana Maria, ela percebeu ter ficado diante de uma situação constrangedora. "Quando levei [o projeto], ficou na mesa dele. Ele me olhou, levantou da mesa e veio para cima de mim. Fiquei absolutamente estupefata. Ele falou: 'Olha, venha cá'... E eu fugi. Quando eu fugi da sala dele, saí com tanto ímpeto, que tinha uma escada. Despenquei da escada do nono andar até o oitavo, que era o departamento comercial. Alguém me socorreu e me acudiu. Eu quebrei o braço."

PROTESTOS

Ana Maria, que recentemente apareceu usando um colar com grãos de arroz, como forma de protesto ao preço do cereal, afirmou que está longe de ser alienada em questões políticas. "Quando eu coloco um colar de tomate, arroz ou de cebola é uma forma de dizer: 'olha, a gente está atento'", afirmou, conta que evitar discutir assuntos políticos em casa e na TV. "Minha função no meu trabalho, que é entretenimento, nao é dizer em quem votar. Leio três jornais por dia. Sou mulher atuante, atual e bem informada. Quando entrei na televisão, parecia que eu não era bem informada, mas sou", disse ela, afirmando ter "opinião a respeito de tudo", mas não se sente confortável em verbalizá-las sempre. Sobre a questão da cultura no país, ela lamentou: "A gente vive um momento de retrocesso e desinformação".

VÍCIO

Na entrevista, que faz parte dos 70 anos de TV no Brasil, Ana Maria Braga falou ainda sobre o vício em cigarro. "Como aquelas pessoas que dependem de uma droga, a gente não pode dizer nunca. Eu falo que hoje eu não fumo, estou sem fumar. Tem dias que eu venço essa guerra, tem dias que não venço e não tenho vergonha nenhuma de falar isso. Eu continuo dependente. Tem dias que eu venço, tem dias que não".

CÂNCER

Ela também falou sobre o tratamento contra o câncer no pyulmão, que a fez ficar afastada por um período da TV em 2020. "Cada vez, a cada susto, quando você acha que já se livrou, ele voltou em outra área, de outra forma. Quando meu médico disse que a gente ia ter que olhar de novo, é o mesmo susto, a mesma reação. É um nome que assusta muito qualquer pessoa. Quanto antes é descoberto é melhor, mas é um baque muito grande. Aí você se refaz e diz: 'vamos guerrear e vencer essa brincadeira séria'. Eu adoro viver".

CASAMENTO

Casada com o francês Johnny Lucet desde fevereiro, Ana Maria afirma que o relacionamento está em fase inicial. "É tão bom ficar pertinho. Eu estou aprendendo a conviver ainda, ele não fala português, tem hábitos diferentes, mas é muito bom."

Fonte: Quem News/Globo.com